Cerco de Málaga
O cerco de Málaga (1487) foi uma ação durante a Reconquista da Espanha em que os Reis Católicos da Espanha conquistaram a cidade de Málaqa do Emirado de Granada. O cerco durou cerca de quatro meses.[1] Foi o primeiro conflito em que foram utilizadas ambulâncias, ou veículos dedicados ao transporte de feridos.[2] Geopoliticamente, a perda da segunda maior cidade do emirado - depois da própria Granada - e seu porto mais importante foi uma grande perda para Emirado de Granada.[3] A maior parte da população sobrevivente da cidade foi escravizada ou morta pelos conquistadores.[4]
Resultado
[editar | editar código-fonte]A conquista de Málaga foi um duro golpe para o reino nasrida de Granada, que perdeu seu principal porto marítimo. O rei Fernando II de Aragão tentou várias vezes negociar a rendição da cidade durante o cerco, mas as forças de defesa recusaram. Com isso, os conquistadores impuseram uma dura pena ao lado derrotado: a população foi condenada à escravidão ou à morte, exceto o grupo liderado por Ali Dordux. Hamet el Zegri foi executado. Os sobreviventes, numerando de 11 000 a 15 000 excluindo os mercenários estrangeiros, foram escravizados e suas propriedades confiscadas. Alguns foram enviados para o norte da África em troca de cativos, alguns foram vendidos para custear as despesas da campanha e alguns foram distribuídos como presentes.[5]
A tarefa de reorganizar o território coube a García Fernández Manrique, que havia conquistado a fortaleza, e a Juan de la Fuente, dois experientes administradores. Manrique contou com a ajuda de Ali Dordux.[6]
Referências
- ↑ Bernáldez & Gabriel y Ruíz de Apodaca 1870, p. 224.
- ↑ Kuehl 2002, p. 81.
- ↑ Prescott 1854, p. 212, 223.
- ↑ Prescott 1854, p. 221–222.
- ↑ Prescott 1854, pp. 222–223.
- ↑ Lunenfeld 1987, p. 142.
Fontes
[editar | editar código-fonte]- Bernáldez, Andrés; Gabriel y Ruíz de Apodaca, Fernando (1870). Historia de los reyes católicos C. Fernando y Doña Isabel. [S.l.]: Impr. que fué de J. M. Geofrin. p. 224. Consultado em 21 de fevereiro de 2013
- Del Pulgar, Hernando (1780). Crónica de los Señores Reyes Católicos Don Fernando y Doña Isabel de Castilla y de Aragón. [S.l.]: Imprenta de Benito Monfort. p. 304
- Kuehl, Alexander E. (1 de setembro de 2002). Prehospital Systems and Medical Oversight. [S.l.]: Kendall Hunt. p. 81. ISBN 978-0-7872-7071-1. Consultado em 22 de fevereiro de 2013
- Lunenfeld, Marvin (1987). Keepers of the City: The Corregidores of Isabella of Castile, 1474–1504. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 142. ISBN 978-0-521-32930-9. Consultado em 22 de fevereiro de 2013
- Martínez de la Rosa, Francisco (1834). Hernan Perez del Pulgar, el de las hazañas: bosquejo histórico. [S.l.]: Tomas Jordan. p. 115. Consultado em 21 de fevereiro de 2013
- Mata Carriazo y Arroquia, Juan (1971). En la frontera de Granada. [S.l.]: Universidad de Sevilla. p. 346. ISBN 978-84-338-2842-2. Consultado em 21 de fevereiro de 2013
- Prescott, William Hickling (1854). History of the reign of Ferdinand and Isabella, the Catholic, of Spain. [S.l.: s.n.] p. 211. Consultado em 22 de fevereiro de 2013
- Torremocha Silva, Antonio (2004). «Cerco y defensa de Algeciras: el uso de la pólvor». Centro de estudios moriscos de Andalucía